Entre o furo e a “barriga”

Nós estudantes de jornalismo aprendemos na faculdade, que o termo barriga é usado para designar às mancadas dos jornalistas, ou seja, quando se da uma notícia sem checar e apurar realmente os fatos. Hoje não se fala em outra coisa a não ser, a falha da Rede Globo.

Noticiar em pleno Jornal Nacional, a notícia sobre a brasileira Paula Oliveira que foi agredida em Zurique, por neonazistas, foi uma falta de ética e principalmente responsabilidade.

Da só uma olhada em mais uma barriga da GLOBO, eles quase derrubaram um avião!


Duas semanas após a reportagem sobre a brasileira abrir o Jornal Nacional a notícia de que ela não estaria grávida e que era tudo mentira, sendo que ela mesma se esfaqueou veio à tona. A verdade “verdadeira” ainda não apareceu.

Até o Presidente da República tomou partido da jovem, além de comprar uma briga diplomática.



A situação de brasileiros no exterior hoje é meio complicada. O caso do mineiro Jean Charles que foi morto no metrô de Londres até hoje está sem solução. Outros casos como o de Jean acontecem sempre, a dificuldade é lidar com essas informações com imparcialidade e uma visão realmente de jornalista. Quando situações assim acontecem é que vemos o poder da mídia e também a sua responsabilidade.

Há quase trinta anos a tão respeitada e admirada revista Veja fez uma “barriga” daquelas. O caso do “boimate”, em 1983 parou o Brasil. A notícia era a respeito de uma pesquisa feita na Alemanha que misturava carne com tomate e não passava de uma brincadeira de uma revista americana.
Buscar um furo é tarefa diária de qualquer jornalista, mas passar a informação verdadeira é obrigação!